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Sem o alojamento local, a Web Summit em Lisboa não seria viável, de acordo com comunicado da associação deste sector. Já os hotéis têm previsão de uma taxa de ocupação a rondar os 90% durante a cimeira tecnológica.

A Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) informou hoje que o setor prevê receber «cerca de um terço» dos 65 mil participantes da segunda edição da conferência de tecnologia e empreendedorismo Web Summit, que decorre em Lisboa. O evento arrancou hoje e decorre até quinta-feira no Parque das Nações. A Web Summit chegou à capital portuguesa no ano passado e trouxe 53 mil pessoas vindas de 166 países, 15000 empresas, 7000 presidentes executivos, 700 investidores de topo e 2000 jornalistas internacionais. Para este ano, esperam-se cerca de 65 mil participantes.
«Com a hotelaria a prever taxas de ocupação próximas dos 90%, a Web Summit apenas é viável em Lisboa devido ao alojamento local, devendo receber cerca de um terço dos participantes do evento», advogou a ALEP, em comunicado, baseando-se em dados da Taxa Municipal Turística. Neste sentido, a taxa de ocupação dos estabelecimentos de alojamento local durante a semana da Web Summit deverá ultrapassar os 80% a preços equiparados aos praticados durante a época média-alta, revelou a associação do sector, explicando que, geralmente, nesta altura do ano a ocupação se situa «nos 50% e os preços baixam».
Relativamente à procura, os apartamentos com três ou mais quartos são os mais procurados, «uma vez que as empresas procuram este tipo de habitação para os seus colaboradores», adiantou a ALEP, indicando que, «curiosamente, muitos operadores do alojamento local reportam reservas com apenas um hóspede por quatro, algo que não é habitual no alojamento típico de turismo de lazer». No que diz respeito aos preços, o valor médio por noite está acima dos 100 euros, sendo que nos T1 a média é de 80 euros com taxas incluídas, o que corresponde a «valores típicos da época média-alta, diferentes daqueles que habitualmente são cobrados nesta altura do ano».
Na perspetiva da ALEP, o setor do alojamento local foi fundamental para que Lisboa recebesse o Web Summit. «Sem o alojamento local não haveria capacidade de alojamento para os milhares de visitantes do evento», defendeu a associação que representa o setor em Portugal. À semelhança do ano passado, a Web Summit no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL). A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, mudou-se para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência.

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